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CRÍTICA | Superman é a luz que representa a esperança

Superman

Dirigido, produzido e roteirizado por James Gunn, Superman (2025) acompanha a história antológica do personagem de mesmo nome em suas batalhas diárias contra monstros, vilões e o cancelamento online. Dividido entre duas vidas diferentes, que convergem em entrevistas realizadas por ele com ele mesmo, Clark Kent, ou Superman, se prepara para lidar com a mais nova ameaça a Metrópolis e ao mundo, Lex Luthor, seu arqui-inimigo genial e rico, que o que não têm de cabelo, tem de maldade.


Conhecido principalmente pela trilogia de “Guardiões da Galáxia”, James Gunn mostra mais uma vez sua capacidade de prosperar em ambientes inóspitos e conquistar um público já desacreditado. Com filtros contendo cores vívidas, planos da câmera focados no grande S dourado e cenas em slow motion, o diretor resgata o estilo cartunesco, remetendo a arte dos quadrinhos que tantos fãs adoram.


Até o CGI, que parecia aposentado nos últimos 5 anos, deu às caras e trouxe para o espectador um supercão que não te faz questionar o que aconteceu com os animadores na pós-produção. 


David Corenswet, carrega com leveza o peso que usar a grande capa vermelha pode trazer, dando cara e personalidade novas para o herói, anteriormente interpretado pelo queridinho britânico Henry Cavill.


Superman
Lex Luthor de Nicholas Hoult se destaca entre os personagens do filme - Divulgação/Warner Bros

A escolha de Nicholas Hoult para dar vida ao Lex Luthor traz ainda mais personalidade para o filme, já que o próprio ator fez testes para ser o Superman e acabou não conseguindo o papel. Rachel Brosnahan, Nathan Fillion, Isabela Merced e Edi Gathegi completam o que parece ser o início de um grande elenco.


Apesar de não se passar no início da história do Homem de Aço, o roteiro consegue ser um bom guia e te faz entender quem ele é, seja como herói, filho ou jornalista, e como ele chegou onde está. Cada personagem é apresentado, ainda sem muito aprofundamento, e a trama vai sendo construída de maneira fluída e fácil de se acompanhar.


Os momentos de tensão são intercalados com momentos de descontração, com um humor bem balanceado e nos limites do divertido. E claro, a trilha sonora, marca registrada do diretor, serve ao longa com maestria.


Para os céticos, esse filme pode ser apenas o mar calmo antes da tempestade, mas para os últimos esperançosos de pé, ele é similar a um suspiro de alívio. Num período em que sua maior concorrente está enfrentando o declínio na qualidade de suas produções e que o público anseia por filmes de herói bons, a DC parece ter o queijo e a faca em mãos. Tudo isso nos faz questionar, seria ela capaz de manter o nível de Superman e deixar de fazer apenas trailers ótimos para filmes ruins? 


Nota: 4,5/5



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