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CRÍTICA | E.T. O Extraterrestre (1982)

Atualizado: 8 de jun. de 2024

Hoje iniciamos um novo formato, o Moqueka Retrô, uma forma de fugir de comentar apenas dos lançamentos semanais. Vamos abordar desde obras mais antigas, sejam elas grandes clássicos (como o de hoje) ou joias escondidas pelo tempo, até filmes mais recentes. Para iniciar o quadro, nada mais nada a menos que "E.T. O Extraterrestre" (1982) do mestre Steven Spielberg.


ET e Elliot
Foto: Divulgação/ Universal Pictures

CONTEXTO


5 anos antes do lançamento de E.T., Steven Spielberg já havia se aventurado com personagens alienígenas no seu cultuado filme "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (1977). Contudo, este longa se difere completamente de ET, possuindo uma carga de maior seriedade, com os extraterrestres como um assunto de preocupação generalizada, ao invés do sentimento de companheirismo e amizade visto posteriormente.


Esta foi a sexta (de 29) colaboração de Spielberg com o compositor John Williams, que aqui nos presenteou com uma das mais icônicas músicas do cinema. O "Flying Theme" entrou para a história e hoje é instantaneamente reconhecido por seus ouvintes. No ano seguinte, Williams foi premiado com o Oscar de Melhor Trilha Sonora. Essa foi sua 16° nomeação e 4° vitória na categoria.

Elliot e ET
Foto: Divulgação/ Universal Pictures

O longa foi lançado no verão norte-americano de 1982, sendo um sucesso imediato e estrondoso nas bilheterias e pelos críticos. Contando a história de Elliott, um garoto de 10 anos que está conturbado pelo divórcio dos pais, mas que acaba encontrando uma criatura extraterrestre que sem querer ficou na Terra. O menino se empenha em ensinar os costumes terráqueos para o novo amigo, enquanto este vai aos poucos revelando suas habilidades especiais.


O ENCANTAMENTO


De cara, o filme busca criar o clima de isolamento tanto para Elliott quanto para o E.T. Com ambos ficando distantes de suas respectivas famílias. Isso mudaria após o encontro dos dois, que começam a se comunicar mesmo sem conseguirem se entender, mas o garoto posteriormente recebia ajuda de Mike, o seu irmão mais velho, e também de Gertie, a irmã caçula. Essa cooperação fraternal vai religando os laços familiares entre os três e também se ligando ao extraterrestre, que agora já praticamente faz parte da família.


A aventura dos irmãos com o novo amigo espacial vai cativando o espectador sem muita dificuldade, as reações encantadas e fofas das crianças nos seus contatos com o extraterrestre vão criando um sentimento de ternura que nos acompanha durante todo o longa e nos ajuda a torcer por aquele grupo.


Irmãos de E.T.
Foto: Divulgação/ Universal Pictures

Ainda no início do filme, Elliott mente para sua irmã, dizendo que apenas as crianças conseguiriam ver o E.T. Por mais que adultos fossem sim capazes de enxergá-lo, estes não eram capazes de entendê-lo e comunicar-se com ele. As crianças com toda sua pureza não o enxergam de forma fria e objetiva, mas com o deslumbramento e carinho que ele necessitava.


O único adulto que durante o longa se mostrou conectado ao extraterrestre foi Keys, que no primeiro momento se mostra apenas como mais um membro do governo buscando capturar E.T. Entretanto, os sentimentos pelo personagem são subvertidos quando ele conversa com Elliott e explica que desde seus 10 anos, ele sempre sonhou em encontrar um extraterrestre e que conseguia entender o que o garoto estava passando. Keys acabaria sendo fundamental para a história, pois foi ele quem deu o momento a sós de Eliott com o E.T. Que ali voltaria a vida.


O SENTIMENTO QUE FICA


Para sua época, os feitos do longa eram surreais, possibilitando que todos pudessem crer que um E.T. estava entre humanos e tinha poderes especiais, trabalho esse que foi reconhecido no Oscar, levando a estatueta de Melhores Efeitos Visuais. Inclusive, o filme recebeu 9 indicações ao Oscar de 1983, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro Original, mas acabou levando apenas 4, os supracitados Efeitos Visuais e Trilha Sonoro, além de Melhor Edição de Som e Melhor Som.


A obra se tornou a maior bilheteria do ano de 1982, arrecadando mais de 350 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos. Ao redor do mundo foram mais 300 milhões. Contudo, é interessante o fato do quão icônico o filme se tornou, pois gerou mais 70 milhões de dólares durante seus relançamentos ao passar dos anos, se mostrando um fenômeno que supera a convenção usual do tempo, se fazendo querido mesmo após muitos anos.


E.T. O Extraterrestre
Foto: Reprodução/ E.T. O Extraterrestre

"E.T. O Extraterrestre" foi lançado há 41 anos, mas definitivamente fez parte da infância de diversas gerações. Por mais que os anos passem e filmes antigos fiquem para trás, grandes histórias nunca morrem. A aventura de um menino e seu amigo extraterrestre é comunicável a todos, pois todo mundo já foi criança um dia e consegue se enxergar no papel daqueles personagens.


Nota: 5/5



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