CRÍTICA | Godzilla vs Kong 2: O mesmo Império?
- Victor Lee
- 28 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de jun. de 2024

Godzilla vs Kong: O novo Império já está entre nós. Neste novo filme, podemos entender um pouco mais sobre o MonsterVerse, além de encontrar respostas para as questões abertas no primeiro longa Godzilla vs Kong (2021), primeiro crossover dos dois universos cinematográficos da Warner Bros. Neste novo capítulo, mergulhamos diretamente nos dois lados da história: o poderoso Kong vive isolado da civilização na Terra Oca, e é mais velho do que nos primeiros filmes, enquanto o temível Godzilla aterroriza e salva a Terra.
Na trama, é interessante entender que o MosterVerse é muito maior do que apenas Godzilla ou Kong, questão que fica clara pela forma que a obra explora as origens da Terra Oca. Além disso, explica a antiga batalha de Titãs que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os ligou à humanidade para sempre.
Quanto à direção, temos o retorno de Adam Wingard e o roteiro de Terry Rossio (Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas, 2011) e Simon Barrett (O Hóspede, 2014). Na história, também são trazidos de volta personagens conhecidos do primeiro filme, como Jia, interpretada por Kaylee Hottle, a Doutora Andrews (Rebecca Hall) e o icônico Bernie Hayes (Brian Tyree Henry), além de introduzir um novo protagonista, vivido por Dan Stevens.
Conexão entre os Mundos

Assim como as células eucariontes possuem um material genético envolto pela membrana nuclear, ou seja, essas células apresentam um núcleo verdadeiro, podemos imaginar a Terra da mesma forma e nos questionar o que há no centro dela. Esse questionamento deu vida a obras de ficção como o livro "Viagem ao Centro da Terra" de Júlio Verne, além de um filme de mesmo nome lançado em 2008, tal qual o longa “O Núcleo - Missão ao Centro da Terra” (2003).
Em "Godzilla vs Kong: O novo Império", fica clara a importância da Terra Oca, que seria uma representação direta do que está no centro da Terra, porém com vários portais cósmicos ao redor do planeta, como apresentado no filme anterior. Nessa nova exploração da Terra Oca, vemos as três principais conexões entre os mundos, seja por meio de Jia, a última nativa do povo Iwi, seja pelo Kong e o Godzilla, que podem sentir os abalos sísmicos entre as dimensões.
Isso é crucial para entender a nova ameaça que está por vir, escondida entre os dois mundos, e que teoricamente vai unir os dois rivais na tentativa de derrotar e salvar as espécies de todo o globo.
Diferente do mesmo, idêntico ao Igual
Um dos pontos-chave do filme, sem dúvida, são os efeitos especiais e práticos do longa. O CGI apresentado neste novo é visivelmente uma evolução em relação ao primeiro, trazendo mais luzes e detalhes sem fugir do que já conhecemos em outros blockbusters. Assim, assistir a um filme com bons efeitos visuais e sonoros enriquece a obra de uma forma interessante, mesmo que o enredo seja bastante próximo do que foi exibido anteriormente.

A montagem dos dois personagens e de outros monstros que aparecem demonstra um bom trabalho do designer de criaturas, Jared Krichevsky, que se empenhou em trazer um resultado excelente para as criaturas. Além disso, todo o visual foi revisado pela equipe da TOHO, mostrando ainda mais a importância das equipes de produção trabalharem em conjunto.
Veredito
Godzilla vs Kong: O novo Império é uma obra cinematográfica que nos leva a outro patamar no que diz respeito aos filmes de monstros, desta forma mostrando que podem ultrapassar os limites em seus elementos visuais, sonoros e práticos. Apesar de seguir uma trama semelhante ao primeiro filme e usar as mesmas fórmulas para mostrar as criaturas e o drama dos humanos, ele consegue apresentar novos elementos que expandem o universo mas com o mesmo sentimento de não querer arriscar demais.

Contudo, Godzilla vs Kong mostra o quão empolgante é acompanhar uma luta livre e um caos global, gerando uma mistura de sentimentos e deixando questões subentendidas ao longo da narrativa. Sem dúvida, é interessante pela grandiosidade que está por vir nos próximos longas da franquia.
Nota: 3/5 🦍🆚🦖
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