O que esperar do novo "Wonka"?

A Fantástica Fábrica de Chocolate é a típica obra que fez parte do imaginário de toda criança. Tanto o filme de 1971 quanto o de 2005 marcaram épocas e plantaram o desejo dos telespectadores de um dia poderem experimentar os deliciosos chocolates produzidos por Willy Wonka. Quase 20 anos depois de sua última adaptação, a obra vai ganhar uma nova reimaginação com o lançamento de Wonka em dezembro deste ano.

Com Timothée Chalamet no papel principal, essa nova versão chamou a atenção do público por não querer focar em um grupo de crianças, tal qual foi nas últimas duas vezes. Agora, o personagem principal será o próprio Willy Wonka e a trama vai acompanhar sua trajetória, mostrando como ele se tornou o excêntrico gênio da indústria de chocolate que conhecemos.

Além do protagonista, o elenco está repleto de nomes maravilhosos, como Hugh Grant, Olivia Colman e Rowan Atkinson. Pode-se dizer o mesmo sobre a direção de Paul King, que tem grande referência com o filme “As Aventuras de Paddington” e a produção da Warner Bros, que referencia a saga “Harry Potter”.

Foto: Divulgação/ Warner Bros.

Passado de Wonka, Cartel do Chocolate e mais!

Além de mostrar o passado do personagem, essa nova versão promete abordar um lado de Wonka que não foi tão trabalhado nas outras produções: o de mágico. Já no trailer, fica bem nítido que a versão de Timothée vai abraçar de vez o lado mago e inventor de Willy, que ajuda nas incríveis produções de seus chocolates.

O filme vai trazer um lado um pouco mais apreensivo, com o Cartel do Chocolate barrando os novos chocolateiros que chegam à cidade. Colocando-os como vilões, pode-se imaginar o Wonka trabalhando contra o Cartel e passando por cima deles, fazendo com que as pessoas presentes no local provem o seu chocolate e tenham experiências nunca vivenciadas antes.

Assim, podemos esperar um filme musical com magia, ação e emoção nos cercando.

Diferenças nas adaptações:

A primeira adaptação do livro “A Fantástica Fábrica de Chocolates” teve a sua estreia em 1971 e foca mais na história de Charlie Bucket, trazendo ele como o protagonista do filme. Já em 2005, pode-se notar uma harmonia diferente, mais obscura (típico de Tim Burton), sendo protagonista do filme, Willy Wonka.

Em 2005, há uma explicação sobre o relacionamento conturbado do Wonka com seu pai dentista, que o proibia de comer doces. Já em 2023, há uma relação mais materna no filme, onde será possível conhecer a vida pessoal do mágico chocolateiro e a participação da sua mãe nessa corrida em encontro do seu grande sonho.

Pode-se perceber uma diferença nos Oompa-Loompas. Na adaptação de 1971, eles são mais fantasiosos, sendo laranjas e com cabelos verdes. Em 2005, há uma humanização nesse personagem. Porém, na versão de 2023, vamos ter o Oompa-Loompa de 1971 de volta, fazendo uma grande referência ao filme mais antigo.

Foto: Divulgação/ Warner Bros. Pictures

Polêmicas antes do lançamento:

Faltando quatro meses para a estreia, o filme já está sendo alvo de polêmicas, uma delas é a ausência do ator Johnny Depp como protagonista.

Assim que o novo longa foi anunciado, a internet foi tomada por comentários pedindo o retorno de Depp como astro principal. A produção de 2005 se tornou a versão favorita de muitos e parte desse mérito é do ator. Reconhecido pela excelente encenação, Johnny conseguiu entregar um personagem que, mesmo com uma moral questionável, conquistava o coração de qualquer um que assistia.

Fora as inúmeras polêmicas envolvendo o nome de Depp, outra questão que motivou a mudança foi o tom da nova produção. Como já foi dito, essa nova trama conta com um Willy mais jovem que ainda está construindo sua história como criador de chocolates. Por abordar o passado do personagem, era evidente que seria necessário buscar um ator mais jovem para o papel.

Além da ausência de Deep, outra polêmica ao redor do filme é a falta de representatividade. Quando foi anunciado que Hugh Grant seria o novo intérprete dos Oompa-Loompas, algumas pessoas começaram a pontuar que esse papel deveria ser destinado para alguém com nanismo, assim como foi na produção de 1971 e 2005.

Em 1971, o ator Rusty Goffe foi escalado no elenco para fazer o marcante Oompa-Loompa do primeiro filme. Já em 2005, foi a vez do ator Deep Roy ser escolhido para esse papel. Ambos têm deficiência no crescimento e são exemplos na comunidade de atores com nanismo.

E essa não é a primeira vez que acontece algo do tipo. Em 2021, o comediante Leandro Hassum foi duramente criticado por interpretar um homem extremamente baixo no filme “Amor sem Medida”. O público acusou o ator de estar fazendo crip face (onde um ator sem deficiência interpreta uma pessoa com deficiência). O ator Peter Dinklage e a atriz Juliana Caldas foram em suas redes sociais mostrar indignação com o ocorrido, fazendo com que Hassum pedisse desculpa, mesmo sem entender que os comentários negativos eram sobre as piadas capacitistas.

Foto: Reprodução/ Magazine.HD

Ainda não há muitas informações sobre o musical além do trailer e alguns rumores, mas com tanta magia cercando mais uma adaptação dessa obra icônica, o que resta é aguardar as próximas novidades e contar os segundos até dezembro!