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CRÍTICA | Meninas Malvadas: O Musical é a mescla de nostalgia com atualidade

Atualizado: 8 de jun. de 2024


Não era uma quarta-feira, mas para qualquer lado que eu olhasse no shopping, tinha alguém de rosa. É claro que eu e minhas amigas não estávamos de fora dessa onda. Porque? Bem, simplesmente um dos filmes mais amados dos anos 2000 ganhou um remake depois de 20 anos! 


“Meninas Malvadas: O Musical” é na verdade “um remake de um remake” (roubei na cara dura a frase da minha sábia amiga), já que o sucesso de 2004 foi adaptado para um musical em 2017 pela Tina Fey. Ela que foi a roteirista e atriz no longa de 2004, volta também agora no novo filme de 2024.


A história que já conhecemos e amamos ganha outros rostos e um novo formato: o musical. O enredo é o mesmo, mas, além das canções, houveram outras diferenças. Por exemplo, a clássica cena da coreografia de Jingle Bells Rock foi substituída por Rockin' Around the Pole. Por outro lado, referências ao primeiro filme se fizeram muito presentes.



O filme já começa na pegada musical, com uma música contagiante que antecipa a famosa cena do ônibus, o que gerou várias risadas na sala de cinema. Assistir essa obra no cinema deixou a experiência ainda mais interessante, uma sensação de nostalgia no ar e as emoções compartilhadas… Confesso que até me assustei um pouco quando o Aaron Samuels (Christopher Briney) apareceu na tela e o cinema inteiro gritou.


 A transição logo na primeira cena, do formato de vídeo para internet (vertical) para o formato do filme em si, também foi interessante. Na verdade, o filme inteiro foi adaptado de forma a se adequar a atualidade, com forte presença das redes sociais. Cenas como a da Regina espalhando o “Burn Book”, que no filme original era feita com cópias de papel jogadas pelos corredores, foi adaptada à nova geração: compartilhando fotos nas redes sociais.


Uma parte que me chamou muito a atenção foi a cena do halloween. Além da roupa de noiva zumbi novamente marcando presença, enquanto a Karen performava sua música para escolher a fantasia, é possível ver um dos looks utilizados pela Regina George de 2004 - o da blusa branca com buracos, mostrando o sutiã roxo - Uma referência sutil em uma cena muito rápida, mas perceptível. 


Foto 1 - Regina George
Foto: Reprodução/ M. G. Films

É um filme, no geral, muito colorido. É perceptível a  preocupação da produção com a imersão nas performances. Muito jogo de luz e cores, deixando as cenas mais interessantes e traduzindo os sentimentos dos personagens nas músicas. E falando de músicas, a obra está cheia de cantoras e cantores incríveis, vocais maravilhosos e uma presença marcante durante as performances. 


A escolha de elenco foi muito certeira, os atores passaram a mesma essência dos personagens originais, adaptando-os à atualidade. O único problema, foi que eu demorei para simpatizar com a atual protagonista, mas no decorrer da história, acabei me conectando. Até personagens que só aparecem em uma cena no filme de 2004 - como a menina que fala dos sentimentos no ginásio - foram uma ótima escolha de elenco. Ela inclusive nos trouxe a icônica cena do Damian “She doesn’t even go here!”


No geral, é um filme muito divertido de assistir se você gosta do gênero musical. Engraçado, bem humorado, muito nostálgico e atual ao mesmo tempo. Essa sensação vai além do roteiro e cinematografia, o elenco também conta com a participação de alguns dos personagens originais, novamente trazendo a vibração do cinema inteiro.


Nota: 4.5/5




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